Espiral #103: Alô 2024, estou a caminho!
Insights, Elefantes na Neblina, Suzanne Ciani e umas dicas para fechar 2023
Olá, eu sou a Lalai e essa é a Espiral, newsletter semanal dedicada a assuntos aleatórios, desde o meu dia a dia em Berlim à música, arte, cultura, inovação e literatura, além de trazer sempre dicas de assuntos que andam revirando meus sentidos.
Essa é a última edição do ano cheia de devaneios e, quem sabe, alguns insights para clarear um pouco esse futuro misterioso. Um agradecimento especial para quem conseguiu apoiar financeiramente a Espiral este ano. Caso você não tenha condições financeiras, apoie passando-a para frente ou ajudando na compra de uma boa champagne para celebrar essa virada de ano.
Trilha sonora: a excelente trilha do filme “Saltburn”, que ficou pendente na lista para assistir
Alô? Alguém na escuta?
Um amigo me disse que precisamos deixar pública as nossas palavras porque elas sempre podem ajudar alguém de maneira inesperada. Nessas últimas duas semanas ouvi algumas palavras em diferentes podcasts que estavam soltas nas ondas eletromagnéticas me esperando. Fichas caíram enfileiradas tintilando tão alto com direito a um bilhete premiado no final: Transformação. 💫
Não vou reclamar que 2023 foi um ano difícil, porque eu já estou prestes a ganhar o troféu "reclamona do ano". Dizem que "reclamar" é algo que pega. Quando passamos muito tempo ao lado de alguém que só reclama, corremos o risco de ficar igual a essa pessoa, afinal tudo o que temos para trocar são reclamações. Então, a primeira meta para 2024 é reclamar menos.
Mas, geminiana com muito orgulho que sou, o paradoxo é que o ano foi muito bom. Fiz um curso intensivo sobre o novo estágio da minha vida, a temida meia-idade. Não trabalhei em muitos projetos, mas os que eu trabalhei foram os mais legais que fiz desde a minha chegada em Berlim.
Recebi há uma semana a carta com a lista de coisas que prometi fazer e/ou deixar para trás em 2023. Escrevi para mim mesma em 2 de janeiro e desde então eu vivi pelo menos 5 anos. Realizei a metade, mas, mas, mas, só as coisas mais banais. Ok, está tudo bem, não tinha nada elaborado porque eu estava com dificuldades para elaborar algo. Como falei para a
no seu delicioso especial de fim de ano, o lema para 2024 é seja mais gentil com você e com o outro.Na época em que eu escrevi a tal cartinha para mim, eu abri ela toda melancólica: "Estou com vontade de chorar, um choro engasgado sem qualquer razão. Tem algo me torturando que eu não sei o que é."
Eu não sabia, mas agora sei! Era angústia e desânimo. Eu vivia o presente sem vislumbrar futuro, assim como aconteceu com a maioria de nós naquele fatídico março de 2020. Achei que era ansiedade, mas era angústia. Achei que era cansaço, mas era desânimo. Minha terapeuta não aguentava mais eu reclamar "Estou tão exausta!".
Divaguei em uma Espiral sobre como falta de planejamento estava me afetando, mas fugi pela tangente e deixei de lado o assunto.
Estar sem planejar é estar sem metas. Estar sem metas é não ver futuro. E, foi assim que vivi por mais tempo do que eu poderia me permitir: Sem perspectivas, vivendo apenas o presente. Lembrei de um post do "Float Vibes" sobre viver esse "Presente Extremo" que é uma desgraceira só. Fuja dele enquanto é tempo! É nele que sentimos exaustas de estar exaustas:
"Presente Extremo é o que acontece quando o futuro não está distante no horizonte, mas é algo que já está comprimido no agora. é como se o presente "se reduzisse à ponta da atualidade", como escreveu o filósofo Byung-Chul Han em Favor Fechar os Olhos. uma ruptura do tempo que conduz a um aceleramento sem direção e sem sentido.
esta percepção de tempo produz não apenas uma ansiedade perpétua, mas uma frustração frequente de “não aproveitarmos bem o tempo”. ou mesmo um sentimento de estarmos sendo perseguidos pelo tempo." - Float Vibes
Agora o meu coração balançou, deu uma sambadinha e se deleitou ouvindo os episódios "Alopra" e "Eu faria tudo e novo", do meu atual podcast favorito "Elefantes na Neblina" (obrigada Marina por ter me relembrado desse podcast tão genial).
Virge! Foi uma rolezera de fichas caindo para todo lado. Me senti em Las Vegas em uma temporada de sorte virando a madrugada debruçada em uma mesa de jogos.
Tive a epifania que eu esperei por um bom tempo! Se eu, que não sei nadar, estava pegando ondas da altura de um prédio em Nazaré, agora sinto resgatada por um daqueles barcos preparados para dar a volta ao mundo. A terapia e escrever todos os dias estão disponíveis para isso, para preparar o terreno que, muitas vezes, envolve escavar o solo, fazer a fundação para então começar a construir a estrutura.
Tive o momento: "Eita, mas como eu não me dei conta disso antes?". Mas muitas vezes a gente se prende no que deu errado e esquece que tentar de novo está sempre disponível. É grátis. Agora eu tenho um plano, daqueles que a gente se emociona de tão redondo e perfeito que ele parece ser, sendo desenhado com muita dedicação, animação e otimismo.
"Só porque
erro
encontro
o que não se
procura
só porque
erro
invento
o labirinto
a busca
a coisa
a causa da
procura
só porque
erro
acerto: me
construo.
Margem de
erro: margem
de liberdade." - Errância, Orides Fontela
Voltando à carta com a minha lista de metas, porque essa edição era sobre isso, dei uma risada nervosa ao ler os planos traçados para o ano que está chegando ao fim. Tanta coisa nela nem faz sentido hoje, menos de um ano depois. Eu estava vivendo uma brisa. Quem não gosta de brisar de vez em quando? Mas aí que eu fiquei um tempo morando no conforto dela. Flutuando.
Adoro essas listas de metas anuais, que surgiram na minha vida tão logo comecei a escrever. Em casa, meu pai entregava papel e caneta para todo mundo fazer sua lista com 10 desejos para o ano. Era tudo simples e possível.
No dia 30 de dezembro, nós jantávamos juntos. Após a refeição, cada um escrevia a sua lista. Ali, sonhávamos com o futuro em conjunto. Só saíamos da mesa quando terminávamos de escrevê-la. Dobrávamos o papel que seria colocado dentro de um santuário na sala, um móvel de 2 metros de altura construído com madeira de mogno, com dois andares, sendo o de baixo usado para guardar incensos, revistas, jornais e agenda.
No meio, uma prateleira móvel com um sino, duas velas, o porta-incenso e uma caixinha de fósforos. Em cima tinha uma gaveta para os livros de oração e os terços de cento e oito contas, todos enrolados em lenços bonitos importados do Japão. A última parte do móvel era toda talhada com pássaros, de onde saía uma bandeja móvel para receber oferendas de frutas. Atrás, um potinho dourado para a água, que era trocada todos os dias. No alto, o Gohonzon, um objeto de devoção em forma de pergaminho com palavras escritas em japonês.
Antes de guardar os novos pedidos, nós retirávamos os do ano anterior. Cada um lia o seu, soltávamos risos, às vezes nervosos, fazíamos comentários sobre o que alcançamos e sobre o que falhamos. Conversávamos um pouco antes de colocar o novo papel. Era um momento muito bonito em família do qual sinto saudades.
Após guardarmos os pedidos, recitávamos mantras por uma hora para o sucesso deles. Eu adorava esse ritual. Mesmo depois de ter abandonado o Budismo, continuei a escrever religiosamente a minha lista, mas passei a 'trapacear' no jogo e não me ater aos 10, algo no qual meu pai tanto insistia. Talvez o segredo seja esse, porque 10 nos faz escolher o que é importante. Priorizamos. É planejado. Focado. Hoje também percebo que a lista precisar estar à mão, sendo revisitada para não esquecermos dos nossos planos.
Se em 2023 eu entrei no ano com um grande borrão sobre o que queria para ele, sigo para 2024 com 'sangue nos zóio' e toda a ambição que me faltou. Como anda a sua ambição? Espero que melhor do que a minha esteve.
Os dias escuros já não me aborrecem mais. Como disse uma amiga, fico com vontade de jantar umas três vezes de tão longa que é a noite. Sabendo que estou prestes a deixar de ser uma gazela para virar um pinguim, eu me afligo com essa parte, mas decidi fazer as pazes. Que venha o banquete!
"Não carregamos a cruz. Somos a cruz."
Na última semana, fiquei obcecada com o podcast "Elefantes na Neblina". Acabei ouvindo o mesmo episódio duas vezes devido aos tantos bons insights que me trouxeram. Achei bonito o Larry Be (um dos melhores nomes de 'personagens') falar sobre o vazio existencial, aquele que andou de mãos dadas comigo, que sempre nos leva a cair em armadilhas.
Be aborda a palavra 'possibilidade' em alemão - "Möglichkeit" - que compartilha a mesma raiz que 'gostar' - "Mögen". Ambas derivam da raiz "mög", relacionada à ideia de poder ou capacidade. Ele conclui que, para encontrarmos uma possibilidade de existir, precisamos estar afetivamente conectados. O 'existir' é uma ação amorosa. Portanto, para encontrarmos uma possibilidade de futuro, precisamos ter um olhar amoroso sobre a vida. Eu estava na brisa, então o amor falhou.
Nesse mesmo episódio, ele aborda o símbolo de 'carregar a cruz', que possui um simbolismo muito claro: a polaridade na vertical e na horizontal. Uma delas trata do tempo, enquanto a outra, esquerda e direita, refere-se ao certo e errado e tudo que se insere nesse contexto. A consciência humana existe nessa intersecção. A cada momento, precisamos nos posicionar e/ou compreender o que consideramos certo ou errado. Ou seja, a cruz nada mais é do que a manifestação do consciente. Se você é uma pessoa inconsciente, sem noção, você carrega a cruz. Se você tem consciência sobre a vida, você é a cruz.
Foi uma bela brisa que me tirou da minha própria. Fim.
Suzanne Ciani
Não lembro exatamente quando ouvi falar de Suzanne Ciani pela primeira vez, mas não foi há tanto tempo. Em 2017, eu estava no SXSW quando ela se apresentou por ocasião do lançamento de "A life in waves", um documentário sobre sua vida e carreira. Na época, eu ainda dava meus primeiros passos na cena da música eletrônica experimental. Talvez ela tenha chamado a minha atenção após o lançamento do documentário "Sisters with Transitors" - por favor, assistam para perceberem quantas mulheres geniais contribuíram para a história da música eletrônica e experimental.
Na última quinta-feira eu fui assisti-la ao vivo. O teatro estava lotado com ingressos esgotados há mais de uma semana. O público era diverso, variando entre 25 e 90 anos. Eu estava ansiosíssima para vê-la ao vivo.
Ciani, hoje com 77 anos, entrou muito elegante e animada no palco, onde a aguardavam um sintetizador, ou, como ela prefere chamá-lo, um instrumento modular - o Buchla 200 - e alguns outros dispositivos ao seu redor. A plateia apladiu por longos minutos enquanto ela se divertia com os aplausos fazendo gestos, rindo e levantando os braços.
Durante o show, o Buchla era quem 'olhava' para o público. Uma câmera na lateral da mesa projetava em um telão Suzanne Ciani tirando e colocando fios, virando e apertando botões, nos hipnotizando. Adoraria ter visto suas expressões faciais enquanto ela se divertia naquela grande máquina criada há mais de 50 anos, mas no telão só a víamos do busto para baixo.
Foi um show vibrante, intenso e, ao mesmo tempo, contemplativo. O tipo de show que não queremos que acabe. Eu me senti em transe durante o tempo em que ela tocou. Totalmente fascinada. Ciani costuma dizer em entrevistas que o Buchla é como um namorado para ela, incluindo momentos muito tempestuosos na relação. Ali à minha frente, era óbvia a forte conexão entre ela e o instrumento.
A história de Suzanne Ciani é do tipo que eu tenho gostado de contar. Mulheres geniais e criativas que transformam o mundo à sua volta. Ciani nasceu em Indiana, começou a tocar piano aos 6 anos de idade, estudou música clássica no colégio entre 1964 e 1968 e, à noite, pegava aulas no MIT, onde teve contato pela primeira vez com tecnologia musical. Depois, foi estudar Composição na Universidade de Berkeley entre 1968 e 1970. Foi nessa época que ela encontrou Don Buchla, o criador do sintetizador modular Buchla.
Desde então, ela devota a sua vida ao volumoso sintetizador modular Buchla 200 e o emaranhado de fios multicoloridos, botões e interruptores. É maravilhoso ler suas entrevistas em que ela conta que, quando conseguiu comprá-lo, a sua devoção era tão grande, que acreditava ter algo errado com ela porque ela se via apaixonada por uma máquina. Foi a primeira edição de "Her" rolando no início dos anos 1970.
O fascínio de Ciani pelo Buchla a levou a buscar novas sonoridades, impossíveis com qualquer outro instrumento. Para ela, ninguém na época estava tentando ultrapassar os limites do que era possível fazer com um sintetizador. Todos estavam obcecados em reinterpretar músicas do passado, em vez de explorar novas possibilidades musicais para o futuro.
"A ideia de um sintetizador foi tomada por forças culturais que não entendiam o potencial: 'Ah, você pode sintetizar o som de uma flauta', 'Pode fazer o som de um violino?', [houve] essa preocupação em copiar timbres existentes. Eu achei que era uma ideia morta, que perdemos na primeira vez e que quem sabia quando ou se seria revisitada?" - The Guardian (2017)
Ela enfrentou dificuldades para ser compreendida, especialmente pelas gravadoras que não entendiam por que ela insistia com aquela máquina. Como era mulher, a sugestão era de que ela deveria cantar, seria mais fácil. No início dos anos 1970, passou um mês em estúdio com Phillip Glass para produzirem música com o Buchla, mas no final ele achou que não era para ele. Já Steve Reich dizia que ela deveria enviar sua máquina para a lua e deixá-la lá. Por fim, decidiu investir na publicidade em busca de algo novo. Em 1974, criou sua própria produtora, a Ciani/Musica, focando em conquistar a Madison Avenue em vez da Billboard Hot 100. No auge da produtora, a Ciani/Musica chegava a ter 50 projetos acontecendo simultaneamente.
O bilhete de loteria veio quando Ciani criou "Pop & Pour" para a Coca-Cola, o estalo da garrafa abrindo e o refrigerante caindo no copo. É possível assisti-la mostrando ao vivo no Letterman Show. Ela teve também uma fase em que retornou ao piano, tendo sido considerada uma artista de música new age. No entanto, foi somente em 1982 que lançou seu álbum de estreia,"Seven Waves".
Desde então, ela tem se dedicado a mostrar que é possível fazer música ao vivo com esses instrumentos: sem samples, sem músicas pré-gravadas, você apenas vai lá e toca esse instrumento não convencional.
E, foi exatamente dessa maneira que ela se apresentou em Berlim. É possível assisti-la tocando aqui.
Listas, listas, listas
Essa seria uma edição com a lista das coisas que eu mais gostei em 2023. Todavia, me empolguei com outros assuntos, dei uma umbigada, perdi o foco, pedi biscoito, fui atropelada pela Suzanne Ciani e falhei miseravelmente em fazê-la.
Lamento informar, mas essa lista será enviada na semana de 8 de janeiro de 2024, porque vou me dar duas semanas de férias para arejar a cabeça e dar um tempo do excesso de telas. Mas, caso esteja de bobeira e não tenha assistido os dois maiores lançamentos do cinema do ano, "Barbie" e "Oppenheimer", aproveite para fazê-los. São tudo o que dizem.
Estou indo curtir dias ainda mais curtos na Noruega, onde no dia 21 de dezembro, no solstício de inverno, o sol nasce às 9:25 e se põe às 14:52. #Pelamordedeus, o que eu estou indo fazer lá?
Acho ironia do destino eu estar a caminho de uma cidade engolida pela escuridão. Quem sabe a sorte bata na porta e me traga noites de luzes coloridas dançantes no céu. Será que é um bom sinal fechar o ano vendo aurora boreal? Sorte mesmo é vê-las.
Desde que comecei a namorar o Ola, eu tenho me dedicado a ter o mesmo hobbie que ele, por isso lá vamos nós novamente voar sobre montanhas cobertas de neve. Consegui manter o hobbie, mas enfim, temos nossas diferencinhas na pista:
La chambre intérieure
Para dizer que não deixei uma lista:
🎥 "Eileen", thriller psicológico baseado na obra homônima de Otessa Moshfegh, livro que devorei de tão envolvente e maluco. Estrelado por Thomasin McKenzie e Anne Hathaway;
💌 O estado da arte do planejamento, da
;📩 Promessas de ano novo, da
;🎛️ 120 anos de música eletrônica;
📝 Uma lista com os melhores de 2023 das Valekers, as apoiadoras da
;📖 Da lista acima, eu peguei "Um garimpeiro, um padre, um médium, um detonador, uma guia turístico, eu", da Paula Gomes, livro para ler em uma sentada, mas parei de ler (e rir) para terminar essa newsletter. Perfeito para dar boas risadas e viajar um pouco com as ideias malucas da Paula.
📷 Uma fotógrafa para conhecer, a alemã Ilse Bing (1899-1998);
🤖 "Confessions of a Viral Writer", o artigo longo, mas vale a pena demais a leitura, em especial para quem escreve;
🧳 Estou levando na mala "The sound of being human", de Jude Rogers; "Tornar-se Palestina", de Lina Meruane, e "Colhendo flores sob incêndios: Os diários de Alice Walker: 1965–2000", Alice Walker;
🍳 Finalmente estou assistindo "The bear" e entendendo todo o hype em cima da série;
✔️ Quase-carreira: a operadora de empilhadeira, de
, um dos textos mais engraçados que li nos últimos tempos;🗂️ Estou colocando nesta pasta relatórios de previsões mirabolantes para 2024.
Quem passar por Roma, não deixe de visitar "Columna mutãtio – LA SPIRALE", de Luminiţa Țăranu, no Museo Nazionale Romano. Agradeço a dica da minha querida leitora Ana Maria e senti como uma obra feita em homenagem à Espiral porque sou dessas. ♡
Obrigada por me fazerem companhia em 2023. Desejo a vocês um Feliz Natal e que 2024 seja um bom ano. Nos vemos em breve. Estou aceitando dicas de livros, música, leituras de artigos, filmes e séries.
Lalai querida! Estou com três meses de newsletters atrasadas. Ao ler esta edição, veio aquela sensação “por que passei tanto tempo longe dessas joias?”. Uma delícia. Vou copiar o ritual das metas de ano novo para a minha família. Obrigada por isso (e boas festas pra você)!!
Vc é uma pessoa interessante e interessada. Seus textos comumente refletem isso, mas esse, depois de um tempo sem te ler, me bateu essa percepção ainda mais forte. Obrigada por topar minha carta de final de ano e por citar por aqui. Amei o relato do show e fiquei pensando o quanto de gente maneira existe no mundo e que eu ainda não conheço... Talvez isso no tire da estagnação, embora as pausas sejam bem vindas e necessárias. Um beijo e ótimo 2024!