Oi Lalai. Amei te ler e me identifiquei muito. Moro há 10 anos em Dublin, e também tenho amigos brasileiros que me dizem estar ficando muito irlandesa e eles estão certos, mudei horrores, mas não a ponto de marcar compromissos com meses de antecedência (isto ainda me aflige) e aprender a gostar de rhubarb (nao entendo o surto).
Amei ler tantas nuances sobre ser imigrante em Berlim - me identifiquei com várias em Portugal, apesar de ser uma vivência totalmente diferente quando se familiariza com a língua. Sigo me sentindo a ´simpaticona’ em Lisboa (não sei ser diferente!), mas imagino que o baque deva ser um tanto maior na Alemanha.
Meus bisavós sofreram muito com os vários 'cafés' vazios agendados no Brasil. Eles apareciam na casa do carioca ou mineiro que havia jogado um convite no ar. Coitadinhos.
A carta foi endereçada à Vanessa, mas senti que foi pra mim. Li com um sorriso no rosto, de me reconhecer em tantas partes. Em breve devo dar um pulo em Berlin, mas como boa brasileira, ainda não sei quando rs! Adoraria te encontrar por aí para um drink ou café. Beijão
Emocionei, Lalai. Não sei se porque morro de vontade de conhecer a Alemanha e ainda não consegui, se é pela falta de natureza de São Paulo - e por também ter que contar só com as árvores mirradas do Jardim Paulista - ou se é só fase. Mas a gente só sabe mesmo quando fica na ponte, não é? beijas querida.
Oi Lalai. Me identifiquei muito com o seu relato. Moro em Copenhagen há um ano e não falo a língua, completei o primeiro módulo do curso e parei. Meu único contato frequente com o dinamarquês acaba sendo a aula semanal de pilates - não é fácil mas eu me viro, dou um jeito. Também sinto essa sensação de deslocamento constante, de se encaixar mas de não pertencer. Eu também ando transbordando muito por aí... agora acho que identifiquei a etiologia.
Um belo texto. Espero que tenha sucesso em Berlim. Conheço duas pessoas virtualmente que moram por aí. Quando pronuncio a palavra Berlim, me ecoa muitas novidades em vários caminhos, principalmente por estudar filosofia, há muitos filósofos da Alemanha. Um livro completo para conhecer Hannah Arendt é da Elizabeth Young Bruehl, Por Amor Ao Mundo. Um abraço.
Identifique-me muito no “Lalai, você está ficando muito alemã.”, pois meus amigos têm falado bastante sobre eu estar muito britânica, e olha que ainda sou conhecida por ser "muito italiana", ficando minha brasilidade bem pra trás dessa fila de nacionalidades. Sempre me questiono se isso é bom ou ruim.
Hoje mesmo recebi um convite para o aniversário da minha amiga dia 4 de julho! Qualquer evento - ainda mais no verão - precisa de meses de antecedência. Minha melhor amiga brasileira chega hoje em Londres, e ela não tava entendendo eu reservando restaurante com 2 meses de antecedência, haha.
Enfim, só queria dizer também que, quando você escreveu aquele post do "não era tristeza, era falta de sol", me passou pela cabeça que talvez não era só falta de sol, que talvez a frase soasse melhor do que a realidade dela. Mas a gente tá tão acostumado em se sentir bem e se "viciar" nessa sensação, que achamos estranho quando as emoções mais difíceis querem ganhar atenção. Talvez é pensar que, na proporção que você se sente bem, você também sente suas crises, e é apenas a lei da compensação em efeito, colocando em equilíbrio aquilo que pensamos não ser equilibrado. Beijo! xx
Espiral #79: Sonho imigrante
amei essa troca de cartas , adoro te ler - e vanessa também :)
senti tanta coisa lendo essa resposta!
incrível como a leitura nos põe num ângulo privilegiado de novos horizontes.
obrigada por responder a carta com tanto carinho! o texto me fez pensar muito muito. amei.
não achei que teria necessidade de fazer uma resposta da resposta rs mas deu vontade de escrever mais sobre esse tema.
obrigada por ser essa mulher tão interessante e interessada no mundo ❤️
Essa troca de cartas de vocês foi um êxtase tal qual o verão que se chega ai. <3
seus relatos de berlim são das minhas coisas favoritas do substack <3
Oi Lalai. Amei te ler e me identifiquei muito. Moro há 10 anos em Dublin, e também tenho amigos brasileiros que me dizem estar ficando muito irlandesa e eles estão certos, mudei horrores, mas não a ponto de marcar compromissos com meses de antecedência (isto ainda me aflige) e aprender a gostar de rhubarb (nao entendo o surto).
adorei! e hoje comprei aspargos, acredita? as newsletters mudando nosso prato. 💛
Amei ler tantas nuances sobre ser imigrante em Berlim - me identifiquei com várias em Portugal, apesar de ser uma vivência totalmente diferente quando se familiariza com a língua. Sigo me sentindo a ´simpaticona’ em Lisboa (não sei ser diferente!), mas imagino que o baque deva ser um tanto maior na Alemanha.
Meus bisavós sofreram muito com os vários 'cafés' vazios agendados no Brasil. Eles apareciam na casa do carioca ou mineiro que havia jogado um convite no ar. Coitadinhos.
A carta foi endereçada à Vanessa, mas senti que foi pra mim. Li com um sorriso no rosto, de me reconhecer em tantas partes. Em breve devo dar um pulo em Berlin, mas como boa brasileira, ainda não sei quando rs! Adoraria te encontrar por aí para um drink ou café. Beijão
Emocionei, Lalai. Não sei se porque morro de vontade de conhecer a Alemanha e ainda não consegui, se é pela falta de natureza de São Paulo - e por também ter que contar só com as árvores mirradas do Jardim Paulista - ou se é só fase. Mas a gente só sabe mesmo quando fica na ponte, não é? beijas querida.
Oi Lalai. Me identifiquei muito com o seu relato. Moro em Copenhagen há um ano e não falo a língua, completei o primeiro módulo do curso e parei. Meu único contato frequente com o dinamarquês acaba sendo a aula semanal de pilates - não é fácil mas eu me viro, dou um jeito. Também sinto essa sensação de deslocamento constante, de se encaixar mas de não pertencer. Eu também ando transbordando muito por aí... agora acho que identifiquei a etiologia.
Que carta linda e profunda! Amei!!! 🥰
adorei 💛
Amei ♥️
Um belo texto. Espero que tenha sucesso em Berlim. Conheço duas pessoas virtualmente que moram por aí. Quando pronuncio a palavra Berlim, me ecoa muitas novidades em vários caminhos, principalmente por estudar filosofia, há muitos filósofos da Alemanha. Um livro completo para conhecer Hannah Arendt é da Elizabeth Young Bruehl, Por Amor Ao Mundo. Um abraço.
Identifique-me muito no “Lalai, você está ficando muito alemã.”, pois meus amigos têm falado bastante sobre eu estar muito britânica, e olha que ainda sou conhecida por ser "muito italiana", ficando minha brasilidade bem pra trás dessa fila de nacionalidades. Sempre me questiono se isso é bom ou ruim.
Hoje mesmo recebi um convite para o aniversário da minha amiga dia 4 de julho! Qualquer evento - ainda mais no verão - precisa de meses de antecedência. Minha melhor amiga brasileira chega hoje em Londres, e ela não tava entendendo eu reservando restaurante com 2 meses de antecedência, haha.
Enfim, só queria dizer também que, quando você escreveu aquele post do "não era tristeza, era falta de sol", me passou pela cabeça que talvez não era só falta de sol, que talvez a frase soasse melhor do que a realidade dela. Mas a gente tá tão acostumado em se sentir bem e se "viciar" nessa sensação, que achamos estranho quando as emoções mais difíceis querem ganhar atenção. Talvez é pensar que, na proporção que você se sente bem, você também sente suas crises, e é apenas a lei da compensação em efeito, colocando em equilíbrio aquilo que pensamos não ser equilibrado. Beijo! xx