Aaaah, que bom que gostou! Na verdade essa carta me tocou num lugar muito especial: trocar correspondência, algo que eu sempre amei fazer, inclusive amo ler correspondências entre escritores e personalidades. Li muitas! E, como citei na edição anterior, antes da internet, eu pegava contatos aleatórios no "pen pal", no jornal Segunda Mão, e enviava cartas à mão. Troquei muita correspondência e hoje lamento por não ter feito cópias e nem guardado as que recebi. E obrigada também por ter tirado (sem querer) da minha zona de conforto, rever alguns pontos difíceis de lidar e colocá-los sob um ponto de vista novo. Beijos!!! :)
Oi Lalai. Amei te ler e me identifiquei muito. Moro há 10 anos em Dublin, e também tenho amigos brasileiros que me dizem estar ficando muito irlandesa e eles estão certos, mudei horrores, mas não a ponto de marcar compromissos com meses de antecedência (isto ainda me aflige) e aprender a gostar de rhubarb (nao entendo o surto).
mai 26, 2023·editado mai 29, 2023Gostado por Lalai Persson
Amei ler tantas nuances sobre ser imigrante em Berlim - me identifiquei com várias em Portugal, apesar de ser uma vivência totalmente diferente quando se familiariza com a língua. Sigo me sentindo a ´simpaticona’ em Lisboa (não sei ser diferente!), mas imagino que o baque deva ser um tanto maior na Alemanha.
Meus bisavós sofreram muito com os vários 'cafés' vazios agendados no Brasil. Eles apareciam na casa do carioca ou mineiro que havia jogado um convite no ar. Coitadinhos.
A carta foi endereçada à Vanessa, mas senti que foi pra mim. Li com um sorriso no rosto, de me reconhecer em tantas partes. Em breve devo dar um pulo em Berlin, mas como boa brasileira, ainda não sei quando rs! Adoraria te encontrar por aí para um drink ou café. Beijão
Sinta-se endereçada também. Quem sabe um dia trocamos uma carta sobre essa vida meio louca, meio tranquila, na Alemanha? E vou adorar encontrá-la por aqui!!! Beijos
Emocionei, Lalai. Não sei se porque morro de vontade de conhecer a Alemanha e ainda não consegui, se é pela falta de natureza de São Paulo - e por também ter que contar só com as árvores mirradas do Jardim Paulista - ou se é só fase. Mas a gente só sabe mesmo quando fica na ponte, não é? beijas querida.
Oi Lalai. Me identifiquei muito com o seu relato. Moro em Copenhagen há um ano e não falo a língua, completei o primeiro módulo do curso e parei. Meu único contato frequente com o dinamarquês acaba sendo a aula semanal de pilates - não é fácil mas eu me viro, dou um jeito. Também sinto essa sensação de deslocamento constante, de se encaixar mas de não pertencer. Eu também ando transbordando muito por aí... agora acho que identifiquei a etiologia.
Nossa, o dinamarquês é complexo também, né? Em especial a pronúncia... seguimos juntas! Aliás, adorei ler "etiologia", palavra que nem sei se um dia vi por aí. :)
Um belo texto. Espero que tenha sucesso em Berlim. Conheço duas pessoas virtualmente que moram por aí. Quando pronuncio a palavra Berlim, me ecoa muitas novidades em vários caminhos, principalmente por estudar filosofia, há muitos filósofos da Alemanha. Um livro completo para conhecer Hannah Arendt é da Elizabeth Young Bruehl, Por Amor Ao Mundo. Um abraço.
Obrigada! E adorei a dica dessa bio da Arendt. Já coloquei na lista! E sim, a Alemanha é um poço sem fim para quem ama filosofia. Quando fui para Weimar, quase colapsei com tanta referências. Beijos :)
Identifique-me muito no “Lalai, você está ficando muito alemã.”, pois meus amigos têm falado bastante sobre eu estar muito britânica, e olha que ainda sou conhecida por ser "muito italiana", ficando minha brasilidade bem pra trás dessa fila de nacionalidades. Sempre me questiono se isso é bom ou ruim.
Hoje mesmo recebi um convite para o aniversário da minha amiga dia 4 de julho! Qualquer evento - ainda mais no verão - precisa de meses de antecedência. Minha melhor amiga brasileira chega hoje em Londres, e ela não tava entendendo eu reservando restaurante com 2 meses de antecedência, haha.
Enfim, só queria dizer também que, quando você escreveu aquele post do "não era tristeza, era falta de sol", me passou pela cabeça que talvez não era só falta de sol, que talvez a frase soasse melhor do que a realidade dela. Mas a gente tá tão acostumado em se sentir bem e se "viciar" nessa sensação, que achamos estranho quando as emoções mais difíceis querem ganhar atenção. Talvez é pensar que, na proporção que você se sente bem, você também sente suas crises, e é apenas a lei da compensação em efeito, colocando em equilíbrio aquilo que pensamos não ser equilibrado. Beijo! xx
Curioso o comentário de que primeiro você está muito britânica, mas que por trás disso, era muito italiana. Também fiquei aqui pensando sobre a "brasilidade" que vai ficando para trás ou se ela se mantém, no fim das contas, permeando o todo. Tem algo que eu acho muito intrínseco e admiro muito termos isso: O jogo de cintura, algo tão raro pros lados de cá.
Sobre "a falta de sol", eu concordo... ter o "sol" como um holofote para as alegrias tem me feito dividir um pouco os momentos em que entro num modo introspectivo lidando com todos os dramas que preciso lidar, mas quando o sol sai, eu volto a ficar extrovertida aproveitando esse excesso que acontece à nossa volta nessa época do ano. Trago a leveza e vou aprendendo a balancear as crises e os momentos bons. <3
amei essa troca de cartas , adoro te ler - e vanessa também :)
Ah, que delícia!! Obrigada <3
senti tanta coisa lendo essa resposta!
incrível como a leitura nos põe num ângulo privilegiado de novos horizontes.
obrigada por responder a carta com tanto carinho! o texto me fez pensar muito muito. amei.
não achei que teria necessidade de fazer uma resposta da resposta rs mas deu vontade de escrever mais sobre esse tema.
obrigada por ser essa mulher tão interessante e interessada no mundo ❤️
Aaaah, que bom que gostou! Na verdade essa carta me tocou num lugar muito especial: trocar correspondência, algo que eu sempre amei fazer, inclusive amo ler correspondências entre escritores e personalidades. Li muitas! E, como citei na edição anterior, antes da internet, eu pegava contatos aleatórios no "pen pal", no jornal Segunda Mão, e enviava cartas à mão. Troquei muita correspondência e hoje lamento por não ter feito cópias e nem guardado as que recebi. E obrigada também por ter tirado (sem querer) da minha zona de conforto, rever alguns pontos difíceis de lidar e colocá-los sob um ponto de vista novo. Beijos!!! :)
Essa troca de cartas de vocês foi um êxtase tal qual o verão que se chega ai. <3
Ah, que delícia ler isso! <3
seus relatos de berlim são das minhas coisas favoritas do substack <3
aaah, que delícia ler isso! <3
Oi Lalai. Amei te ler e me identifiquei muito. Moro há 10 anos em Dublin, e também tenho amigos brasileiros que me dizem estar ficando muito irlandesa e eles estão certos, mudei horrores, mas não a ponto de marcar compromissos com meses de antecedência (isto ainda me aflige) e aprender a gostar de rhubarb (nao entendo o surto).
Eu amo bolo de ruibarbo. 😂
adorei! e hoje comprei aspargos, acredita? as newsletters mudando nosso prato. 💛
Hahaha amo ler isso!! Já preparou? Me conta!
Amei ler tantas nuances sobre ser imigrante em Berlim - me identifiquei com várias em Portugal, apesar de ser uma vivência totalmente diferente quando se familiariza com a língua. Sigo me sentindo a ´simpaticona’ em Lisboa (não sei ser diferente!), mas imagino que o baque deva ser um tanto maior na Alemanha.
Meus bisavós sofreram muito com os vários 'cafés' vazios agendados no Brasil. Eles apareciam na casa do carioca ou mineiro que havia jogado um convite no ar. Coitadinhos.
Hahahahaha por aqui, muitas vezes, eu mando msg pra amiga brasileira dizendo “vai sair espontâneo?” Hahaha
A carta foi endereçada à Vanessa, mas senti que foi pra mim. Li com um sorriso no rosto, de me reconhecer em tantas partes. Em breve devo dar um pulo em Berlin, mas como boa brasileira, ainda não sei quando rs! Adoraria te encontrar por aí para um drink ou café. Beijão
Sinta-se endereçada também. Quem sabe um dia trocamos uma carta sobre essa vida meio louca, meio tranquila, na Alemanha? E vou adorar encontrá-la por aqui!!! Beijos
Emocionei, Lalai. Não sei se porque morro de vontade de conhecer a Alemanha e ainda não consegui, se é pela falta de natureza de São Paulo - e por também ter que contar só com as árvores mirradas do Jardim Paulista - ou se é só fase. Mas a gente só sabe mesmo quando fica na ponte, não é? beijas querida.
Ah <3 E espero um dia tomar um café e passear com você em Berlim. Estou te esperando. Beijos :)
Oi Lalai. Me identifiquei muito com o seu relato. Moro em Copenhagen há um ano e não falo a língua, completei o primeiro módulo do curso e parei. Meu único contato frequente com o dinamarquês acaba sendo a aula semanal de pilates - não é fácil mas eu me viro, dou um jeito. Também sinto essa sensação de deslocamento constante, de se encaixar mas de não pertencer. Eu também ando transbordando muito por aí... agora acho que identifiquei a etiologia.
Nossa, o dinamarquês é complexo também, né? Em especial a pronúncia... seguimos juntas! Aliás, adorei ler "etiologia", palavra que nem sei se um dia vi por aí. :)
Que carta linda e profunda! Amei!!! 🥰
obrigada! :)
bjs
adorei 💛
eba! :)
Amei ♥️
<3
Um belo texto. Espero que tenha sucesso em Berlim. Conheço duas pessoas virtualmente que moram por aí. Quando pronuncio a palavra Berlim, me ecoa muitas novidades em vários caminhos, principalmente por estudar filosofia, há muitos filósofos da Alemanha. Um livro completo para conhecer Hannah Arendt é da Elizabeth Young Bruehl, Por Amor Ao Mundo. Um abraço.
Obrigada! E adorei a dica dessa bio da Arendt. Já coloquei na lista! E sim, a Alemanha é um poço sem fim para quem ama filosofia. Quando fui para Weimar, quase colapsei com tanta referências. Beijos :)
Identifique-me muito no “Lalai, você está ficando muito alemã.”, pois meus amigos têm falado bastante sobre eu estar muito britânica, e olha que ainda sou conhecida por ser "muito italiana", ficando minha brasilidade bem pra trás dessa fila de nacionalidades. Sempre me questiono se isso é bom ou ruim.
Hoje mesmo recebi um convite para o aniversário da minha amiga dia 4 de julho! Qualquer evento - ainda mais no verão - precisa de meses de antecedência. Minha melhor amiga brasileira chega hoje em Londres, e ela não tava entendendo eu reservando restaurante com 2 meses de antecedência, haha.
Enfim, só queria dizer também que, quando você escreveu aquele post do "não era tristeza, era falta de sol", me passou pela cabeça que talvez não era só falta de sol, que talvez a frase soasse melhor do que a realidade dela. Mas a gente tá tão acostumado em se sentir bem e se "viciar" nessa sensação, que achamos estranho quando as emoções mais difíceis querem ganhar atenção. Talvez é pensar que, na proporção que você se sente bem, você também sente suas crises, e é apenas a lei da compensação em efeito, colocando em equilíbrio aquilo que pensamos não ser equilibrado. Beijo! xx
Curioso o comentário de que primeiro você está muito britânica, mas que por trás disso, era muito italiana. Também fiquei aqui pensando sobre a "brasilidade" que vai ficando para trás ou se ela se mantém, no fim das contas, permeando o todo. Tem algo que eu acho muito intrínseco e admiro muito termos isso: O jogo de cintura, algo tão raro pros lados de cá.
Sobre "a falta de sol", eu concordo... ter o "sol" como um holofote para as alegrias tem me feito dividir um pouco os momentos em que entro num modo introspectivo lidando com todos os dramas que preciso lidar, mas quando o sol sai, eu volto a ficar extrovertida aproveitando esse excesso que acontece à nossa volta nessa época do ano. Trago a leveza e vou aprendendo a balancear as crises e os momentos bons. <3
Eu espero mesmo que a brasilidade permeie tudo! 🩷
Sim, o sol é o equilíbrio, graças a Deus temos essa vitalidade pra dar conta das nossas fases pessoais de Lua!
xx