Eu não conheço nem perto do que tu conhece da cidade, mas uma coisa que você falou e que me chamou atenção foi a ideia de pagar fiado, algo que me levou para a infância cheia de ingenuidade. Mas arrisco acrescentar algo aí: Berlim foi o local em que eu comecei a não me importar se saía maquiada ou não, se saía bonita ou não, se meu look tava legal ou não. Eu podia abdicar da vaidade, o meu pecado pessoal, e isso foi libertador. Um aprendizado que levo para sempre, e passo me vestir com preguiça se to a fim, me depilar só se estiver disposta, aceitar os dias em que ser feia tá tudo bem. Obrigada, Berlim, pela lição.
Sim, esqueci desse detalhe, mas isso acho que não tem a ver com interior, mas uma liberdade que senti em poucos lugares na vida. E a questao da nudez em público que levei três anos pra conseguir mas hoje já consigo ser a peladona do rolê no lago. Hahahaha
É muito louco como a nossa personalidade interage com o lugar que a gente mora, né? Eu sinto a compartimentalização da minha personalidade em NYC e em SP. Assim que eu volto pra SP, é como se eu tivesse mudando um pouco por dentro tb.
Exato! Inclusive a maneira como visto em SP é diferente daqui. Estou indo com uma mala pra deixar roupas na casa dos meus pais que não ornam com Berlim.
Querida, que texto precioso. Mudar-se de cidade é mesmo uma oportunidade pra nos reprogramarmos, né? Já sinto muita coisa mudar em mim nesse pouco tempo que estou em Portugal, aquietando meu facho. E cada vez mais empolgado pra revisitar Berlim depois dos seus textos. Beijo!
Amei, Lalai. Acho que preciso de uma dose de Berlim haha. Senti o "inverso" saindo de recife para sp; agora está mais ajustado, mas no começou foi uma luta para a ansiosa aqui. Obrigada pela citação do meu texto, fiquei muito feliz de estar aqui junto com toda essa rotina suave e leve. Ps: tomo café como bolo à tarde, sou dessas. <3
Eu AMEI tudo sobre essa newsletter. Que delicia! Obrigada! Lembro que quando fui ao Garbicz ano passado, eu era a única cafona tirando fotos. Não vi um celular ao longo de todo o festival.
Me identifiquei demais com o texto, sua Berlim é a nossa Montreal. A cidade grande com cara de cidade pequena em determinados lugares. O suburbio com as casinhas de interior e os parques enormes espalhados pela cidade cheios de natureza deixam a gente relaxados demais numa cidade enorme e tão cheia de coisa pra fazer, assim como Berlim. Mesma questão que tem pra atravessar a rua, tem lá também. O que me dá mais ansiedade lá é ter tantos amigos e sempre que visito aquela sensação de que preciso visitar tudo, mas como sempre ficamos tempo suficiente (2-6 meses), dá pra fazer tudo com calma. Temos a mesma sensação de amor e ansiedade com SP, o FOMO que da assim que pisamos é gigante. Mas amamos visitar vez ou outra, talvez morar não seja pra gente. E sobre a ansiedade das pessoas em volta, a sensação é bem essa. Que bom que a gente consegue se afastar por um tempo conscientemente de quem nos causa tanta ansiedade. Tiveram anos da minha vida que eu aceitava me rodear de pessoas mais ansiosas que eu (eu já sou demais tb) e isso me sugava. Hoje escolher lugares e pessoas que me deixam mais calma é prioridade na vida. Inclusive se tem praia, mar, água, eu tô indo hahaha o mar me acalma demais. Adorei a news! Beju :)
quero tanto conhecer Montreal. Uma vez comprei passagens, peguei credencial pro Mutek, fechei hospedagem e adivinha? Esqueci o básico: tirar o visto! hahahahaha.... e isso na época eu que eu vivia viajando, mas não sei, simplesmente esqueci. Aí fui atrás e o tempo necessário não era suficiente e não rolou de emergência, porque emergência mesmo era conhecer a cidade. Mas eu a imagino parecida com Berlim, inclusive em relação ao tempo, apesar que Montreal tem um inverno mais rigoroso que aqui. Ainda vou conhecer.... agora na minha ida à São Paulo tudo que eu quero é uma praia, porque nada me acalma tanto como o mar (ou uma bela natureza). Beijos <3
Que delícia! Estou em Munique e me identifiquei muito. Eu simplesmente amo a cultura de esperar pelo semáforo ficar verde. Me faz sentir parte do trânsito, entrando no ritmo da cidade, que dá tranquilidade pra te convidar a essas pausas. E pra alguém que já foi atropelada no Brasil atravessando no semáforo verde pra pedestres, é lindo demais poder atravessar com a tranquilidade que os motoristas vão respeitar a minha vez. Também amei esse trecho: “temos um chamado da natureza para momentos mais introspectivos ao longo do ano que eu estou adorando, porque eles são necessários.“ não que isso resolva a minha ansiedade, mas estou aprendendo hahahha
Siiim, se sentir segura é muito bom. Eu nunca fui atropelada, mas quase.... tá sofrendo muito com esses dias escuros???? Eu fugi pra São Paulo pq não dou conta •. ❤️
amei seu apanhado da cidade, num olhar já de quem chegou e se entendeu um pouco no encontro com ela.
viajei pelos links e em especial me arrepiei com o doc da nan goldin. lembro a primeira vez que vi uma foto dela ao vivo, foi no rio de janeiro, no ccbb. emocionei intensamente.
Deve ser demais esse doc. Acabou de ser lançado e eu ainda não vi. Sobre a vida das cidades nos influenciam, eu sempre gostei de me misturar a elas, então quando olho fotos das minhas viagens, eu me vejo totalmente diferente em cada cidade que estou (Tóquio é a que mais me impressiona). Bjs
Morro de vontade de conhecer Berlim, e com os seus textos tenho ainda mais! Aqui em Curitiba as coisas não são tão frenéticas quanto em São Paulo (senti o impacto quando fui pra lá mês passado haha), mas com duas pessoas ansiosas trabalhando a maior parte do tempo em casa, isso que você falou sobre a ansiedade bateu forte aqui. Quando viajo para a casa dos meus pais, minhas urgências e pressas sempre parecem menores. É muito louco o quanto a vida das cidades ao nosso redor nos influenciam né? Adorei o texto! Obrigada <3
nov 28, 2022·editado nov 28, 2022Gostado por Lalai Persson
me identifiquei muito. desde o lance de jantar cedo (eu sofro quando estou no Brasil e as pessoas marcam janta depois das 8, quero morrer) até sentir são Paulo como uma ex que virou amiga hoje em dia. engraçado que nos dois primeiros anos morando em Estocolmo, eu senti muita falta de SP. hoje em dia eu não tô conseguindo ficar mais que uns 4 ou 5 dias lá. doido, né?
Super entendo. Eu fui passar uma temporada em Estocolmo antes de me mudar pra Berlim. A ideia era experimentar a cidade (fizemos o mesmo com Berlim) pra decidirmos onde moraríamos. Acho que aí foi meu primeiro jantar as 18:15, horário da nossa mesa num restaurante super chiquezinho em Söder. Minha amiga atrasou um pouco e as 19:25 estávamos terminando de comer e vieram avisar que tínhamos somente mais 5 minutos de mesa. Hahahhahaha foi um Deus nos acuda pq eu não tinha a menor ideia disso na época e achei absurdo tirarem a gente da mesa (mas tinha sido um encaixe que minha amiga conseguiu num horário que achei bizarro na época e tinha essa limitação, que eu não sabia, mas hoje entendo tudo).
Nunca fui a Berlim, então esse lado mais bucólico me surpreende. Acho chique demais que capitais consigam dar a qualidade de vida que eu, morando numa cidade de interior, não tenho kkkcrying Essa redescoberta pessoal com o processo terapêutico é trabalhosa, mas vale muito a pena, né? Por novas versões nossas a cada dia :)
hahaha, adorei o "kkkcrying". É, mesmo conhecendo Berlim há duas décadas, eu acabei me surpreendendo com esse lado, porque como turista, eu só via o lado cosmopolita e agitado. :)
Aliás, esqueci de comentar um item que me leva ainda mais para a minha vida no interior: o café da tarde acompanhado sempre de bolinho. <3
Eu não conheço nem perto do que tu conhece da cidade, mas uma coisa que você falou e que me chamou atenção foi a ideia de pagar fiado, algo que me levou para a infância cheia de ingenuidade. Mas arrisco acrescentar algo aí: Berlim foi o local em que eu comecei a não me importar se saía maquiada ou não, se saía bonita ou não, se meu look tava legal ou não. Eu podia abdicar da vaidade, o meu pecado pessoal, e isso foi libertador. Um aprendizado que levo para sempre, e passo me vestir com preguiça se to a fim, me depilar só se estiver disposta, aceitar os dias em que ser feia tá tudo bem. Obrigada, Berlim, pela lição.
Sim, esqueci desse detalhe, mas isso acho que não tem a ver com interior, mas uma liberdade que senti em poucos lugares na vida. E a questao da nudez em público que levei três anos pra conseguir mas hoje já consigo ser a peladona do rolê no lago. Hahahaha
É muito louco como a nossa personalidade interage com o lugar que a gente mora, né? Eu sinto a compartimentalização da minha personalidade em NYC e em SP. Assim que eu volto pra SP, é como se eu tivesse mudando um pouco por dentro tb.
Exato! Inclusive a maneira como visto em SP é diferente daqui. Estou indo com uma mala pra deixar roupas na casa dos meus pais que não ornam com Berlim.
Querida, que texto precioso. Mudar-se de cidade é mesmo uma oportunidade pra nos reprogramarmos, né? Já sinto muita coisa mudar em mim nesse pouco tempo que estou em Portugal, aquietando meu facho. E cada vez mais empolgado pra revisitar Berlim depois dos seus textos. Beijo!
Eba! Vem que te levo pra um café da tarde com bolinho, que faltou no texto, mas virou parte da rotina. Hahahah
Amei, Lalai. Acho que preciso de uma dose de Berlim haha. Senti o "inverso" saindo de recife para sp; agora está mais ajustado, mas no começou foi uma luta para a ansiosa aqui. Obrigada pela citação do meu texto, fiquei muito feliz de estar aqui junto com toda essa rotina suave e leve. Ps: tomo café como bolo à tarde, sou dessas. <3
Convidada pra passear em Berlim. 🙃
Ouvi esse podcast e me lembrou seus comentários; tem um trecho sobre cidades europeias https://open.spotify.com/episode/7rMUAeZHJe8NrqvXxaAfTl?si=O8IIrD0xRQ-iETxR0rMusQ
Oba! Vou ouvir….. ❤️❤️❤️
Eu AMEI tudo sobre essa newsletter. Que delicia! Obrigada! Lembro que quando fui ao Garbicz ano passado, eu era a única cafona tirando fotos. Não vi um celular ao longo de todo o festival.
Eu amo qdo reparo nos parques lotados no verão as pessoas conversando sem celular na mão.
Sabe que eu acho que até a minha respiração se acalmou lendo seu texto?
olha o interior chegando ai.... :)
Me identifiquei demais com o texto, sua Berlim é a nossa Montreal. A cidade grande com cara de cidade pequena em determinados lugares. O suburbio com as casinhas de interior e os parques enormes espalhados pela cidade cheios de natureza deixam a gente relaxados demais numa cidade enorme e tão cheia de coisa pra fazer, assim como Berlim. Mesma questão que tem pra atravessar a rua, tem lá também. O que me dá mais ansiedade lá é ter tantos amigos e sempre que visito aquela sensação de que preciso visitar tudo, mas como sempre ficamos tempo suficiente (2-6 meses), dá pra fazer tudo com calma. Temos a mesma sensação de amor e ansiedade com SP, o FOMO que da assim que pisamos é gigante. Mas amamos visitar vez ou outra, talvez morar não seja pra gente. E sobre a ansiedade das pessoas em volta, a sensação é bem essa. Que bom que a gente consegue se afastar por um tempo conscientemente de quem nos causa tanta ansiedade. Tiveram anos da minha vida que eu aceitava me rodear de pessoas mais ansiosas que eu (eu já sou demais tb) e isso me sugava. Hoje escolher lugares e pessoas que me deixam mais calma é prioridade na vida. Inclusive se tem praia, mar, água, eu tô indo hahaha o mar me acalma demais. Adorei a news! Beju :)
quero tanto conhecer Montreal. Uma vez comprei passagens, peguei credencial pro Mutek, fechei hospedagem e adivinha? Esqueci o básico: tirar o visto! hahahahaha.... e isso na época eu que eu vivia viajando, mas não sei, simplesmente esqueci. Aí fui atrás e o tempo necessário não era suficiente e não rolou de emergência, porque emergência mesmo era conhecer a cidade. Mas eu a imagino parecida com Berlim, inclusive em relação ao tempo, apesar que Montreal tem um inverno mais rigoroso que aqui. Ainda vou conhecer.... agora na minha ida à São Paulo tudo que eu quero é uma praia, porque nada me acalma tanto como o mar (ou uma bela natureza). Beijos <3
Que delícia! Estou em Munique e me identifiquei muito. Eu simplesmente amo a cultura de esperar pelo semáforo ficar verde. Me faz sentir parte do trânsito, entrando no ritmo da cidade, que dá tranquilidade pra te convidar a essas pausas. E pra alguém que já foi atropelada no Brasil atravessando no semáforo verde pra pedestres, é lindo demais poder atravessar com a tranquilidade que os motoristas vão respeitar a minha vez. Também amei esse trecho: “temos um chamado da natureza para momentos mais introspectivos ao longo do ano que eu estou adorando, porque eles são necessários.“ não que isso resolva a minha ansiedade, mas estou aprendendo hahahha
Siiim, se sentir segura é muito bom. Eu nunca fui atropelada, mas quase.... tá sofrendo muito com esses dias escuros???? Eu fugi pra São Paulo pq não dou conta •. ❤️
amei seu apanhado da cidade, num olhar já de quem chegou e se entendeu um pouco no encontro com ela.
viajei pelos links e em especial me arrepiei com o doc da nan goldin. lembro a primeira vez que vi uma foto dela ao vivo, foi no rio de janeiro, no ccbb. emocionei intensamente.
beijos e boa viagem
Deve ser demais esse doc. Acabou de ser lançado e eu ainda não vi. Sobre a vida das cidades nos influenciam, eu sempre gostei de me misturar a elas, então quando olho fotos das minhas viagens, eu me vejo totalmente diferente em cada cidade que estou (Tóquio é a que mais me impressiona). Bjs
Morro de vontade de conhecer Berlim, e com os seus textos tenho ainda mais! Aqui em Curitiba as coisas não são tão frenéticas quanto em São Paulo (senti o impacto quando fui pra lá mês passado haha), mas com duas pessoas ansiosas trabalhando a maior parte do tempo em casa, isso que você falou sobre a ansiedade bateu forte aqui. Quando viajo para a casa dos meus pais, minhas urgências e pressas sempre parecem menores. É muito louco o quanto a vida das cidades ao nosso redor nos influenciam né? Adorei o texto! Obrigada <3
Berlim é demais! Coloque na lista pra um dia visitar e me chama pra tomar um café e bolinho.
me identifiquei muito. desde o lance de jantar cedo (eu sofro quando estou no Brasil e as pessoas marcam janta depois das 8, quero morrer) até sentir são Paulo como uma ex que virou amiga hoje em dia. engraçado que nos dois primeiros anos morando em Estocolmo, eu senti muita falta de SP. hoje em dia eu não tô conseguindo ficar mais que uns 4 ou 5 dias lá. doido, né?
Super entendo. Eu fui passar uma temporada em Estocolmo antes de me mudar pra Berlim. A ideia era experimentar a cidade (fizemos o mesmo com Berlim) pra decidirmos onde moraríamos. Acho que aí foi meu primeiro jantar as 18:15, horário da nossa mesa num restaurante super chiquezinho em Söder. Minha amiga atrasou um pouco e as 19:25 estávamos terminando de comer e vieram avisar que tínhamos somente mais 5 minutos de mesa. Hahahhahaha foi um Deus nos acuda pq eu não tinha a menor ideia disso na época e achei absurdo tirarem a gente da mesa (mas tinha sido um encaixe que minha amiga conseguiu num horário que achei bizarro na época e tinha essa limitação, que eu não sabia, mas hoje entendo tudo).
Nunca fui a Berlim, então esse lado mais bucólico me surpreende. Acho chique demais que capitais consigam dar a qualidade de vida que eu, morando numa cidade de interior, não tenho kkkcrying Essa redescoberta pessoal com o processo terapêutico é trabalhosa, mas vale muito a pena, né? Por novas versões nossas a cada dia :)
hahaha, adorei o "kkkcrying". É, mesmo conhecendo Berlim há duas décadas, eu acabei me surpreendendo com esse lado, porque como turista, eu só via o lado cosmopolita e agitado. :)
ler você é como te acompanhar em cada um dos lugares que descreve :)
Obrigada 😘😘😘