Espiral #77: As 5 melhores coisas de abril
Cao Fei, Patti Smith, bell hooks, Altin Gün e outras coisas mais
Olá, eu sou a Lalai e essa é a Espiral, newsletter semanal dedicada a assuntos aleatórios, desde minha vida em Berlim à música, arte, cultura, tecnologia e literatura. Mensalmente eu me dedico a destrinchar um tema com profundidade, como a felicidade, comida e comunidades. O próximo assunto será um guia em como ter o ChatGPT como um aliado no seu dia a dia. Convido você a considerar apoiar a Espiral com o custo mensal de uma cerveja e, se gostar do conteúdo, passá-la para frente. Boas-vindas a quem chegou aqui recentemente.
Trilha sonora: Tô bem brasileirinha e solar, então deixo este mixtape da Bárbara Boeing.
Maio no controle
Se março durou um ano, abril voou em uma semana. Foi tão rápido, que mal me dei conta de que o inverno ficou há muito tempo para trás, mesmo atrasando sua saída de campo.
Apesar de rápido e rasteiro, abril foi um mês em que vi e vivi coisas extraordinárias. Uma delas foi trabalhar num dos projetos mais legais que participei nos últimos tempos ao lado do meu amigo Guima, que será, inclusive, tema de uma edição especial sobre Berlim por tantos insights que me trouxe.
Em abril eu visitei muitas exposições, fui a alguns shows, conheci muita gente nova, mas li menos livros do que eu gostaria. “Ioga”, de Emannuel Carrère, deveria estar nesta lista de 5 melhores do mês, mas ele mexeu tanto comigo que antecipei falando sobre ele na última Espiral.
Tive noites divertidas, que andaram raras por aqui. Finalmente conheci o Donau115, um minúsculo e fantástico club de jazz, em Neukölln, onde shows acontecem de terça-feira à domingo. Quem tem planos de visitar Berlim ou mora aqui e ainda não foi, eu recomendo a visita. É um pequeno tesouro cheio de história para contar.
Finalmente Berlim está verde e florida, com dias longos e ensolarados. Contrariando a previsão do tempo, tivemos um 1º de maio maravilhoso, quente e agitado como sempre costuma ser mas, diferentemente de anos anteriores, este ano os protestos foram bem pacíficos. Eu passei o dia à beira rio tomando sol e dançando com o Ricardo Villalobos comandando uma pistinha bem concorrida. Foi um ótimo jeito de começar meu pré-inferno astral. Bora lá!
1) Patti Smith na Neue Nationalgalerie
A Patti Smith é a minha artista favorita, que me inspira desde que me entendo por gente com planos de adulta. Estou sempre à sua espreita e sonho em um dia tomar um café com ela. Não custa sonhar, não é mesmo?
Ela lançou recentemente “Um livro dos dias”, uma compilação de seus posts diários no Instagram, onde mostra que continua se encantando diariamente com algo novo ou com velhas lembranças. Fotos, textos e muita poesia ocupam 400 páginas num livro bonito para folhear e enfeitar um canto da casa.
Anualmente, a Patti Smith aterrissa em Berlim para fazer shows e este ano não foi diferente. Sempre acompanho suas andanças pela cidade e, em especial, suas visitas aos cemitérios, que ela sempre compartilha na sua newsletter e no Instagram. O seu favorito é o Dorotheenstädtischer Friedhof*, onde visita regularmente a sepultura do Bertolt Brecht.
Sempre morri de inveja das leituras que ela costuma fazer no MoMa, em Nova York, mas finalmente tive o meu grande dia em Berlim.
Convidada de última hora, Patti Smith fez uma leitura no saguão do Neue Nationalgalerie, com a entrada no palco improvisado anunciada pelo atual diretor do museu, Klaus Biesenbach, ex-curador-chefe do MoMa (ah lá a inspiração). Durante sua performance, ela leu poesia, trechos de seus livros, cantou, tocou violão e pediu aos cinegrafistas, que apontavam grandes câmeras em sua direção, para saírem. Ela discorreu sobre o incômodo que sente ao ver câmeras apontadas para ela durante suas performances e desabafou que não gosta de 90% das imagens que as pessoas marcam dela nas redes sociais.
Patti Smith falou com paixão sobre William Blake, Diane Arbus, Picasso, Georgia O'Keeffe, Guernica, Robert Mapplethorpe e seu ex-marido Fred "Sonic" Smith. Embora não viaje mais com seu violão e nem o toque mais, ela pediu emprestado um para acompanhar algumas músicas. No entanto, teve dificuldades para afiná-lo e, por fim, pediu ajuda a alguém da plateia. Um rapaz chamado Frederico se ofereceu e ela ficou emocionada ao descobrir que ele tinha o mesmo nome de seu falecido marido, sobre o qual ela acabara de falar.
Comentou entusiasmada sobre as diferentes gerações presentes na plateia, onde muitas pessoas de cabelos brancos assistiam fascinadas. Tocou “Land”, “People Have the Power” e encerrou a tarde com “Because the Night”, convidando o público para cantar junto com ela. Foi um dos momentos que mais me emocionaram este ano.
De lá, segui ainda para um show lindíssimo do Roger Eno, em uma das minhas casas de show favoritas, o Silent Green, fechando perfeitamente o fim de semana.
É por dias assim que eu levanto todos os dias da cama. <3
*Aliás, uma curiosidade para quem visitar Berlim: neste mesmo cemitério tem uma capela com uma instalação permanente lindíssima do James Turrell.
2) Altin Gün
Eu nunca tinha ouvido falar sobre o Altin Gün até a semana retrasada. Mas, coincidentemente, estava fazendo uma pesquisa sobre algum assunto que não lembro qual e acabei descobrindo o álbum recém-lançado “Aşk” desta ótima banda turco-holandesa. Eles viajam sonoramente do synthpop e funk ao rock psicodélico, mantendo o foco em suas raízes folclóricas turcas.
Para a minha sorte, eles tocaram em Berlim no penúltimo domingo, num show com ingressos esgotados. Uma amiga tinha um convite sobrando e me convidou para ir com ela. Eu não vacilei, porque não sou boba. A essa altura, eu já era fã da banda, que se mostrou ainda melhor ao vivo do que em estúdio.
A casa estava lotada, mas quando me dei conta, estava lá na grade esperando ansiosa por essa banda que já faz barulho há algum tempo. Em 2019, o Altin Gün foi indicado ao Grammy, na categoria de melhor álbum de "World Music", com "Gece", e no ano passado estreou no Coachella. A banda é uma versão mais divertida do Tame Impala, tendo o folk turco como twist.
Na plateia, uma mistura de pessoas de todos os tipos e idades, incluindo a comunidade turca em peso. O público sabia cantar quase todas as canções (em turco), várias delas covers de músicas dos anos 1970. O show foi puro delírio de tanta animação.
O vocal se alterna entre Erdinç Ecevit Yıldız e Merve Daşdemir, mas foi o primeiro que me hipnotizou com sua voz potente, que me remeteu às orações que ouvi saindo de alto-falantes quando estive na Turquia.
Voltei para casa de alma lavada e suada de tanto dançar, animada para revê-los caso eles passem por Berlim novamente. Fique de olho também.
Para saber mais sobre a banda, deixo uma resenha do Monkeybuss do álbum “Yol” (2021). Aqui a agenda dos próximos shows e fica a dica para produtores de shows no Brasil.
3) “Tudo sobre o amor: Novas perspectivas”, bell hooks
"O amor é uma ação, nunca simplesmente um sentimento.", bell hooks
Eu ouvi falar bastante do "Tudo sobre o amor: Novas perspectivas", da bell hooks, mas demorei bastante para lê-lo. O livro, publicado em 2000, é muito atual e entendi todo o burburinho a respeito dele.
Nele, hooks explora o conceito de amor na sociedade moderna e como ele foi distorcido pela cultura popular e pelas normas sociais. Ela argumenta que o amor não é apenas um sentimento, mas uma ação que requer comprometimento, cuidado, confiança e respeito. Ela baseia-se em suas próprias experiências e observações, bem como nas obras de filósofos, poetas e estudiosos, para apresentar uma nova visão do amor que é radical, transformadora e de cura. Inclusive, hooks chama a atenção para o fato da maioria dos livros sobre amor terem sido escrito por homens, mantendo assim a visão patriarcal que o mundo tem dele.
O livro aborda vários temas, como a importância do amor próprio, o impacto do patriarcado nos relacionamentos, o papel da comunicação e da honestidade no amor e o potencial do amor para criar mudanças sociais.
Uma parte que me tocou especialmente foi sua crítica sobre a ideia de que homens e mulheres terem diferenças intrínsicas, dando como exemplo o livro “Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus”, de John Gray. Ela contra-argumenta:“Na realidade, todas as evidências concretas indicam que, embora as perspectivas de homens e mulheres frequentemente difiram, tais diferenças são aprendidas, e não inatas ou “naturais”. Se fosse verdadeira a ideia de que homens e mulheres seriam complemente opostos, habitando universos emocionais totalmente diferentes, os homens jamais teriam se tornado as autoridades máximas no amor. Levando em conta os estereótipos de gênero que atribuem às mulheres o papel dos sentimentos e da emotividade, e aos homens o da razão e da não emoção, “homens de verdade” teriam aversão a qualquer conversa a respeito do amor.”
Para hooks, essa visão apenas perpetua estereótipos de gênero. Quantas vezes não ouvimos que nós mulheres somos mais emotivas e muitas de nós seguimos acreditando nisso?
É o livro que todos deveriam ler para repensarmos como lidamos com o amor. A
e a fizeram uma linda série de troca de correspondências sobre o que é amor a partir da obra de bell hooks. Você pode ler a primeira carta aqui.4) Tehching Hsieh: One Year Performance
Na visita à Neue Nationalgalerie, conheci o excepcional trabalho do performer Tehching Hsieh, que está em cartaz com o registro de “One Year Performance 1980–1981”. Durante um ano, ele tirou uma foto de si mesmo a cada hora. Para evitar qualquer suspeita de fraude, o artista contou com a presença de um advogado como testemunha e tirou as fotos na frente de um relógio de ponto, batendo o cartão para comprovar a atividade. Ao fim de um ano, a performance resultou em 366 cartões e 8.760 fotos. Durante o projeto, Hsieh perdeu a hora 33 vezes, deixando de bater o cartão e de tirar fotos nessas horas perdidas. Ele sempre usou a mesma roupa para as fotos e não cortou o cabelo durante um ano.
Além das fotos, que hoje preenchem três grandes paredes de uma das galerias da Neue Nationalgalerie, a performance também resultou em um vídeo de seis minutos. Esta performance fez parte de uma série de outras performances, todas com duração de um ano, iniciada em 1978-1979, em que Hsieh passou um ano trancado em uma cela com a seguinte declaração:
“Eu, Sam Hsieh, pretendo fazer uma performance de um ano, começando em 30 de setembro de 1978.
Devo me fechar em meu estúdio, em confinamento solitário dentro de uma cela com medida de 3,5 x 2,7 x 2,4 m.
NÃO devo conversar, ler, escrever, escutar rádio ou assistir televisão, até que eu me solte em 29 de setembro de 1979.
Deverei me alimentar todos os dias.
Meu amigo, Cheng Wei Kuong, irá facilitar essa performance encarregando-se da minha comida, roupas e resíduos.”
Para tornar a performance ainda mais autêntica, o artista contratou um advogado como testemunha de sua ação, que o acompanhou em todo o processo, desde o momento em que Hsieh se trancou na cela, selando cada parte dela com um selo de papel assinado pelo próprio advogado, até a reabertura dela um ano depois.
A performance foi aberta ao público para visitações a cada três semanas, totalizando 18 vezes durante o ano. No final do período, os selos foram retirados intactos, concluindo a performance.
A terceira performance consistiu em o artista viver por um ano apenas em espaços ao ar livre em Nova York, sem poder entrar em nenhuma construção, metrô, trem, carro, avião, navio, caverna ou barraca. Com ele, apenas um saco de dormir. Hsieh enfrentou no período um dos invernos mais rigorosos que Nova York. Na época, ele espalhava cartazes pela cidade para informar onde as pessoas poderiam encontrá-lo. Durante um ano, ele esteve apenas uma vez num local fechado, devido a uma briga de rua que o levou a ficar preso numa delegacia por 15 horas.
Para saber mais sobre “Um ano na cela”, eu recomendo o mini documentário “Outside Again” disponível aqui. Encontrei também essa ótima análise sobre as performances de Hsieh em português. O autor inicia o texto comparando o trabalho do artista com a prática da yoga: “Salvaguardando todas as drásticas diferenças entre a vida de um iogue e a vida de Tehching Hsieh, é importante destacar que, de alguma forma, o cultivo estético como um modo de prática de si desse performer resvala em aspectos semelhantes ao rigor das práticas que um iogue cultiva.”
A performance da cela me remeteu a outros dois projetos similares, também ocorridos em Nova York anos mais tarde. Um deles foi “Josh Harris and QUIET: We live in public”, que colocou 60 pessoas morando juntas para passarem o último mês do milênio confinadas num hotel-cápsula comunitário, construído por Harris, num porão em Tribeca. As pessoas não poderiam sair durante o período e foram liberadas para fazerem o que quisessem. O espaço ficou aberto para visitação diária ao longo de dezembro de 1999, uma espécie de Big Brother ao vivo, uma Web1.0, uma câmara de encantamento orwelliana**, que antecipou com suas filas quilométricas para assistir à “performance” o que viria a ser a obsessão das redes sociais de assistir e ser assistido. No Brasil, o documentário estreou como “Nossa Vida Exposta”.
O outro projeto, que eu não encontrei a referência, foi uma pessoa que construiu uma cela dentro de um apartamento em Nova York e o colocou no Airbnb oferecendo hospedagem gratuita. Em contrapartida, o hóspede seria assistido (não lembro se gravado) durante todo o tempo em que estivesse na cela.
**A cidade solitária, Olivia Laing
Extra: Gerhard Ritcher - 100 Obras para Berlim
Tudo aconteceu em uma visita apenas à Neue Nationalgalerie. Mas não dá para não citar a exposição “Gerhard Richter: 100 obras para Berlim”, que estará em cartaz na Neue Nationalgalerie até 2026 e foi produzida especificamente para a cidade de Berlim em colaboração com o próprio artista.
A série Birkenau (2014) é o trabalho central da exposição de Gerhard Richter, consistindo em quatro pinturas abstratas em grande formato. O artista transpôs quatro fotografias tiradas secretamente por priosioneiros no campo de concentração Auschwitz-Birkenau para as telas, utilizando carvão e tinta a óleo, antes de pintá-las gradualmente de forma abstrata. Com cada camada de tinta, a representação original da imagem desaparecia um pouco mais, até se tornar invisível. A série inclui ainda um grande espelho de quatro partes, posicionado em frente às pinturas, criando um espaço de reflexão quando as observamos.
Para quiser mergulhar mais no trabalho de Ritcher, recomendo o documentário “A pintura de Gerhard Ritcher” (2011).
5) Gallerie Weekend Berlin: Cao Fei e Andressa Cantergiani
No último fim de semana eu rodei por galerias e estúdios abertos por ocasião da Gallerie Weekend Berlin. A maioria das exposições seguem até junho / julho. Então se vier para Berlim e gosta de arte, se prepara para bater perna em galerias, porque tem muita coisa boa.
A participação de artistas mulheres em destaque está bonita de ver. A artista chinesa Cao Fei merece toda a atenção que recebeu pelo seu conjunto de obra tão contemporâneo.
A exposição solo "Duotopia", de Cao Fei, apresenta obras produzidas em diferentes épocas, confundindo sobre o que é real e fantástico ao explorar o impacto da tecnologia na sociedade moderna. Com obras virtuais e físicas, como o metaverso, fotografia, vídeo-instalação e até uma instalação física que simula um acampamento e um piquenique, a exposição cria um diálogo entre esses dois mundos, questionando seus limites e explorando os aspectos da existência cotidiana a partir de interações entre a consciência humana e a máquina. A exposição estará em cartaz até 19 de agosto, na Galeria Sprüth Magers, em Berlim.
Visitei também o estúdio aberto da performer brasileira (e minha amiga) Andressa Cantergiani, que acabou de ser uma das artistas indicadas ao Prêmio Pipa 2023, um dos principais prêmios de arte contemporânea no Brasil. Ela se mudou para Berlim no início de 2022 para uma residência artística, onde desenvolveu o projeto “Amazona or dance of resistance”. Embora tenha acompanhado o trabalho durante o ano, não consegui assistir à estreia porque estava viajando. Só agora pude conferir o resultado e fiquei maravilhada com sua beleza e potência.
É tão bom quando nos orgulhamos do trabalho de uma pessoa amiga. Convido vocês a conhecerem o trabalho da Andressa, que tem o corpo como território de experimentação para discutir questões feministas, sociais e políticas, através de diversas mídias, como fotografia, vídeo e metaverso. Em outubro de 2021 eu trabalhei na concepção de uma de suas performances que consistiu em uma interferência feita através da compra de um NFT e pode ser conferida com detalhes aqui.
“Shiver”
As rapidinhas antes de ir e desejar um bom fim de semana para você:
🪩 Nas minhas últimas andanças por galerias de arte, também me deparei com o trabalho do coletivo (LA)HORDE (até 30.07), uma exibição solo de instalações de vídeo que derivam de sua prática coreográfica enraizada em rituais, dança clássica, subculturas e cotidiano;
🇰🇪 Também me comovi com as pinturas da série “Dining in Chaos”, do artista queniano Kaloki Nyamai (até 24.06), com quem tive o prazer de bater um longo papo e soube que ele foi um dos artistas participantes do pavilhão do Quênia na última Bienal de Artes de Veneza;
🏊🏻♀️ Terminei de ler “nadando de volta para casa”, da Deborah Levy, em que mostra que muitos dos segredos mais devastadores são os guardados de nós mesmos. Gostei, mas não foi um livro que me impactou tanto;
🍀 Estou finalmente lendo e adorando “Revolução das Plantas”, de Stefano Mancuso;
🎧 Ouvindo “Consciousness As A State Of Matter”, da produtora brasileira Terr, que também mora em Berlim. Alguém lembra do duo Digitaria?
📽️ Quero assistir “Beau tem medo” (2023), uma comédia de terror com Joaquin Phoenix, e o documentário “Summer of Soul”, que conta a história do Harlem Cultural Festival realizado em 1969 (está na Disney);
📺 Assistindo a série “A última coisa que ele me falou”, com a Jennifer Garner, na Apple TV;
✍️ Quem escreve também lê no
;🍄 Inteligência artificial e a era da psicodelia;
🎤 O duo Ascendant Vierge fará uma live no Berghain em junho.
Tchau e tenha um ótimo fim de semana. Nos vemos na semana que vem.
Chegou já li! Amo suas news! Quero ler de novo algumas vezes, muitas coisas especiais que preciso de tempo para aprender e guardar em mim. Adoro a Patti, ela é incrível e intrigante, gosto de assistir aos vídeos dela nos posts de quase todas as newsletters que ela publica, e me senti encontrando com ela por meio de você! Obrigada!!!
E obrigada por lembrar da troca de cartas com a Carol! Foi maravilhoso dividir tantos sentimentos e ideias com ela
Que privilégio escutar a Patty Smith por meio de tua news ❤️ Adorei as andanças