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Avatar de Marcela

Que texto pertinente! Esse ano li Só Garotos e Linha M e criei na Patti uma amiga imaginária, companheira de cafés. E nunca tinha me dado conta dessa essa faceta dela pouco afeita ao feminismo. Tinha reparado que ela era pouco referencial à mulheres, de fato, ao citar as obras que consome. Mas o jeito manso e pouco combativo dela me fez passar direto por isso.

Há muito deixei de acreditar que para ser mulher é preciso se encaixar em performance de gênero. Ser mulher é muito mais do que usar vestido e maquiagem ou gostar de cabelos compridos e brincos. Então a androginia da Patti me parecia uma afirmação do mulherão que ela é, que vai além do que se impunha sobre o que deveria ser o seu papel como mulher. Agora vejo que vem de um lugar de apagamento de luta, talvez de vontade de não embate, que é bem complexo e perigoso. Sigo amando a Patti, mas achei bem pertinente essa camada que você adicionou com suas reflexões.

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Avatar de tássia

Me pegou isso. Tenho essa de achar que mulheres que não se assumem feministas são aliadas da opressão da própria classe. Como podem fingir que não percebem que mundo limita fêmeas humanas se desejam ser um menino na infância/adolescência? Aproveitam-se para agradar os homens e ter algum benefício? A militância não precisa ocupar a arte, mas é esquisito não colocar no discurso. Enfim, me pegou. Estou digerindo.

Espiral sempre maravilhosa :)

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